
vida.
um sopro gélido
morte.
Hoje, segunda-feira (12.01.09) - tinha que ser segunda, eu não gosto de segunda – foi um dia péssimo, com uma pequena exceção ao final do dia. Abre aspas “Obrigada Marcelo” fecha aspas.
Algumas notícias tristes, um tanto de dor de cabeça, serviços truncados e a vida real batendo à porta. Não que eu viva no mundo de sonhos, muito pelo contrário, mas às vezes a gente esquece o quanto estamos sujeitos a tragédias e quando os fatos acontecem com gente que conhecemos e não apenas com pessoas que vivem em outros países, ou estados, é que nos damos conta da nossa fragilidade.
Hoje, segunda, (oh dia! Oh vida...) perdi uma colega de trabalho - esta Graças a Deus está viva e com saúde - foi atingida pelos cortes de despesa da empresa. Não por não ser eficiente, pois é uma das melhores profissionais que eu conheço, mas por conta da crise. “Confie em Deus. Vai dar tudo certo!”
Perdi também meu amigo Fernando, aliás, nós perdemos um grande companheiro – não é exagero, o Fernando sempre foi destaque - de UFMA, de Rádio Universidade que morreu em um acidente bobo e fatal. Ele tinha 27 anos apenas e uma carreira promissora. Caiu da cobertura do prédio em que morava... foi tirar uma foto e caiu. Simplesmente, escorregou. Imagino que agora, nossos colegas estejam todos reunidos pra lhe prestar uma última homenagem. “Sentimos muito!” Eu também sinto.
A Paulinha me deu a notícia via msn. Pela manhã me falou da morte do Nelson Brito, marido da Rosa Reis e a tarde da morte do Fernando “Formiga” – apelido carinhoso que a turma lhe deu no primeiro dia de estágio da Radiun. A Paulinha, que não conversava comigo há algum tempo foi mais eficiente que obituário de jornal de interior. “Uma triste coincidência. Obrigada Paula, por não me deixar de fora”.
A Jack também apareceu. Nos falamos, lamentamos e nos despedimos com um carinhoso e verdadeiro “te cuida minha amiga”. De repente, percebemos que não devemos deixar de desejar coisas boas a um amigo, pois amanhã ele pode não estar mais aqui. Tragédias assim, costumam reaproximar as pessoas.
La Muerte – uma santa em alguns paises latinos – é implacável. Vem na sua hora e cumpre seu dever. Todos nós sabemos que ela existe e que um dia ela virá ao nosso encontro, inevitavelmente. Mas, não pensamos nisso e por isso, agimos como imortais e deixamos de cuidar das coisas importantes da vida. Dos amigos, da família, esquecemos inclusive, de pedir perdão.
Quero continuar não pensando na morte- não é muito saudável- mas quero viver melhor cada dia e amar as pessoas de verdade. Não quero mais fazer suposições a respeito do outro e nem quero mais perder a oportunidade de dizer o quanto amo meus pais, irmãos e filha. “Meu Deus, essa é minha oração! Me ajude a ser melhor!”
Pois La Muert é uma incógnita. Não sabemos o que acontece depois e se eu morrer amanhã, ou daqui uns 30 anos ou mais...Sim?! E daí? Não há como prever. “Me ajude Deus a ser melhor...” “E Fernando, meu querido amigo e colega, que Deus o tenha em bom lugar” “Amigas, Jack, Paula, Nádia, Anne, família, filhinha do meu coração...se cuidem! Eu amo vocês!
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