O período eleitoral começa a dar seus primeiros suspiros em nossa cidade. Daqui pra frente tudo pode acontecer. A adrenalina sobe e o coração bate mais forte. A disputa é iniciada como se fosse uma finalíssima de futebol. Há torcida contra e a favor. De um lado os que sonham com a continuidade de algo que já está caminhando, de um outro, os que esperam que o novo caminho venha com as mudanças que não aconteceram nem quando, em seu tempo, houve oportunidade.
Política é assim. Ganha aquele com mais poder de barganha, com mais força na voz, com o discurso emocionado na ponta da língua e com muita disposição de no corpo a corpo, abraçar e convencer cada alma ferida e cansada de tantas promessas. Um desafio retórico e redundante, pois palavras ditas em outras campanhas tomam novas formas e ganham um ar de esperança para aqueles que sonham resolver seus problemas particulares, ou das suas famílias, ou dos seus bairros, ou da sua cidade.
-Vai um emprego ai? Uma ajudinha ali?
-Cinco reais pra comprar um quilo de carne senhor?
-Preciso de uma cadeira de roda?Um trocado pro remédio?
-Tenho um título! Quem dá mais?
Esse tipo de comportamento eu, particularmente, peço a Deus todos os dias que se encerre. E acredito como solução nem tão divina, que é primeiramente, necessário investir na qualidade da educação. Pois: “Nem de só pão vive o homem (e a mulher)”. O acesso à leitura e as informações fazem com que nós meros seres donos de uma inteligência pouco aproveitada, possamos nos tornar aqueles homens e mulheres que dotados de sabedoria, escolham quem vai nos representar no governo de uma cidade, de um estado, ou de um país, que é nosso.
Alegro-me em dizer que a lei está mais rígida. Nada de boné, camisa, showmícios e compra de voto. Ganha que tem mais carisma, quem tem mais firmeza no aperto de mão, história de luta e trabalho feito. E os políticos, ainda bem, sabem que pra vencer hoje é necessário, apesar de todas as artes do marketing, honrar seus compromissos. Porque o povo não é mais tão sentimental, as pessoas racionalizam e sabem comparar o que é bom ou ruim. E muitos de vocês, políticos, foram responsáveis por isso, porque graças a um bom trabalho investiram na educação, na formação profissional e em moradia, melhorando a vida do eleitor que deu a vocês, em forma de esperança a sua mais valorosa arma de mudança: o voto.
Resta a vocês senhores, seja quem for, transformar essa esperança em água, estrutura, emprego, saúde, qualidade de vida e educação. E vocês têm apenas três meses para nos dizer, e esperamos que de forma limpa sem sensacionalismos ou joguinhos, que têm capacidade de administrar nossas riquezas, sendo a maior delas, o nosso povo.
Ao povo caberá escolher, analisar, observar, verificar, comparar e lembrar agora, que o que vale, não são as nossas necessidades particulares e sim, a idéia do bem comum e uma máxima que diz: em time que está ganhando não se mexe.
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