Hoje Tarsila sonhou com um dia mais tranqüilo.
Levantou-se como uma pluma a deslizar na brisa.
Tão leve quanto a pluma era o sorriso de Tarsila.
Daquele amanhecer, ela nem esperava muito.
Nada de tão excepcional aconteceria nesse 13 de agosto.
Nada.
Mas, Tarsila com toda a sua jovialidade escondida,
Resolveu que poderia ser um dia diferente.
Saiu de casa, da sua casca, da sua invisível redoma e foi ver o mundo.
Foi então que descobriu que o céu não era tão azul e que as pessoas não eram
Tão felizes como nos filmes.
Pisou em pedras, feriu-se em espinhos, sentiu sede e solidão.
De repente Tarsila, viu sua inocência desvencilhar-se da sua aparência.
Seu riso espontâneo trancafiar-se no submundo do seu coração.
Um lado de penumbras que nem mesmo ela conhecia.
E o seu sorriso pesou.
Seus olhos ávidos pela beleza enrugaram-se.
As cores do mundo que ela imaginava não eram tão belas.
E após tanta decepção, Tarsila resolveu voltar pra casa.
Seu pequeno mundo de fantasia era muito mais feliz,
Que o nosso mundo aqui fora.
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